sábado, 25 de dezembro de 2010

As 10 melhores trilhas sonoras do ano

Antes que 2010 acabe, uma compilação das 10 melhores trilhas sonoras deste ano.


3º: Harry Potter e as Relíquias da Morte parte I - Alexandre Desplat

No momento em que Alexandre Desplat assumiu a trilha sonora dos últimos dois filmes da saga Harry Potter, ele assumiu uma missão incrivelmente difícil. A de criar algo tão bom quanto o que John Williams criou para os primeiros três filmes, assim como criar um final digno da série do bruxinho Harry e seus amigos. Com o primeiro de dois filmes que encerram a série que encantou milhões de pessoas pelo mundo afora, Desplat falhou em ambos os sentidos. A começar que ele é um dos melhores compositores da atualidade, mas isso é por que John Williams não compôs nada desde o último filme da série Indiana Jones. A terminar que, em nenhum momento, você tem a sensação de que essa será a trilha sonora que o fará lembrar da saga que percorreu quase uma década cinematográfica. E mesmo assim, ela ficou com a terceira posição. Por que diabos? Bom, sua posição se deve ao fato de Desplat ter massacrado Nicholas Hooper e Patrick Doyle - que compuseram as músicas dos filmes posteriores ao Prisioneiro de Askaban - em todos os aspectos. De fato, o parisiense é um compositor muito superior à ambos. Na nova trilha, ele insere elementos dignos de terror, compondo uma peça assustadora. Contudo, no momento em que os acordes direcionam sua força para a ação, algo da melodia se perde, como costuma acontecer. A coisa toda lembra um pouco o estilo de Williams, mas Desplat foi inteligente o bastante para criar algo exencialmente seu, ainda que o tema composto pelo maestro apareça em determinados momentos do álbum. No geral, a música criada pelo francês é espetacular, sombria, dark e empolgante. Mas infelizmente não é capaz de levantar os cabelos como Williams fez no terceiro filme. É o que falta na composição desta obra. Entretanto, como primeira parte do encerramento da série, não há muito espaço para isso (eis uma das infelicidades dos produtores de dividirem o último livro em dois filmes). E dado isso, Desplat encontra-se numa encrenca das grandes, já que o segundo filme é a metade do livro que deu problema e que consequentemente desapontou milhões de fãs, com um final xoxo e sem impacto. Caso os produtores sejam fiéis à obra de J.K. Rowling, Desplat terá que se superar para trazer o que a autora fora incapaz de levar aos últimos parágrafos da obra que definiu sua carreira: o senso de conclusão. É uma tarefa difícil, e compará-lo aos outros compositores que trabalharam nesta saga é inevitável. Ainda assim, Alexandre Desplat já se provou capaz de tal tarefa em outras ocasiões. Mesmo assim, sentimos falta do John Williams.

Link com trecho da música: http://www.youtube.com/watch?v=7RkRlgYGdbY

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