sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

As 10 melhores trilhas sonoras do ano

Antes que 2010 acabe, uma compilação das 10 melhores trilhas sonoras deste ano.



8º: A Origem - Hans Zimmer

Hans Zimmer é um dos compositores mais queridinhos da Academia Norte-Americana, sendo que o alemão já venceu seu OSCAR pelo trabalho em O Rei Leão (vitória, aliás, muito merecida). Desde então, vem acumulando indicações em trabalhos que normalmente são muito parecidos. Sua última indicação foi ano passado, com Sherlock Homes, uma balela que não merecia estar lá. O Cavaleiro das Trevas, produção anteriora feita com seu amigo, James Newton Howard, agradou aos fãs, mas não aos críticos. Gerou polêmica com relação aos créditos da composição da obra, e no fim não foi indicada ao prêmio da Academia. Isso infelizmente faz sentido. A trilha sonora que não possuía sequer um trecho que se assemelhasse ao estilo de Howard, funcionava muito bem no filme (como é a maioria dos casos), mas não como álbum solo. Entretanto, Zimmer é novamente a bola da vez. A Origem, novo filme do cineasta inglês Christopher Nolan, recebeu críticas maravilhosas e uma bilheteria maior ainda, sendo um dos melhores filmes do ano. Também constituiu a terceira parceria do diretor com Zimmer, que criou um conceito interessante para a trilha musical. O compositor apropriou-se da música de Edith Piaf, Non, je ne regrette rien, manipulando-a para criar um tema próprio. O conceito é ótimo, mas a execução é só boa. Como sempre, Zimmer coloca muita pompa e alia com pouco resultado. A contratação do guitarrista Johnny Marr rendeu muita expectativa, mas a conclusão ficou abaixo do esperado. Com nomes desse calibre, o resultado podia ter sido melhor, e os tão desejados elementos provenientes da guitarra acústica, podiam ter sido mais utilizados. Isso já havia acontecido em Anjos e Demônios, quando Zimmer só teve em mãos um dos maiores violinistas do mundo: Joshua Bell. O tema de duas notas de A Origem, é mais uma tentativa do compositor de se desvenciliar dos temas convencionais que podiam ser murmurados na cabeça do espectador, e que, por sinal, tornaram-se lendas. Nesse tipo de filme, essa construção funciona. A música provoca tensão e prende o ouvinte, levando-o a vários estágios emocionais durante a tragetória dos personagens do filme. A mixagem do eletrônico com o orquestrado também funciona brilhantemente bem, mas algo falta na obra como um todo. Provavelmente sua capacidade de provocar as mesmas sensações que ela provoca no filme, mas sozinha num álbum. Ainda assim, foi o suficiente para colocar Zimmer como favorito ao OSCAR (ou pelo menos era, até Trent Reznor aparecer). Zimmer é o compositor dos filmes de grande orçamento, mas assim como a indicação que ele receberá este ano, existem opções melhores.

Link com trecho da música: http://www.youtube.com/watch?v=adEQLlWjCro

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